Versão EXL tem faróis de led com DRL incorporado (Christian Castanho/Quatro Rodas) À primeira vista, nada mudou. Mas basta um olhar mais cuidadoso para perceber que, sim, a linha 2018 do Fit tem novidades, a maioria delas muito bem-vindas. Os faróis têm o mesmo formato, mas trazem novos elementos internos – na versão EXL, cedida para teste, são de led, com direito a luz diurna. Na versão EX, o DRL é formado por uma barra com quatro pontos de led ao lado de cada farol de neblina. Ainda na dianteira, a grade foi retocada. Um pouco mais embaixo, a mudança mais relevante, com o centro invadido pelas áreas dos faróis de neblina, aposentando o formato trapezoidal. Hatch alto? Minivan baixa? Não importa, o Fit tem seus fãs (Christian Castanho/Quatro Rodas) Nas laterais, nada além de um novo acabamento das rodas, agora bicolores nas versões EX e EXL. A roda é a mesma da linha anterior, o que muda é o acabamento bicolor no Fit 2018 (Christian Castanho/Quatro Rodas) Atrás, boas-novas. Nem tanto pelas lanternas com leds nelas próprias e nas extensões verticais, antes meros refletores, mas pelo novo para-choque, que agora preserva mais distância em relação à tampa do porta-malas. Para-choque agora evita danos à tampa (Christian Castanho/Quatro Rodas) Coisa pouca, mas era a mudança que os donos de mais de 500 mil Fit vendidos até hoje no Brasil esperavam. Desde 2003, quando o Fit foi lançado aqui, o modelo sofre com a alta incidência de choques na tampa traseira, muito rente ao ponto extremo do para-choque. Nas manobras em ré, até uma leve encostada num poste, pilastra ou parede podia significar um amassado na tampa do porta-malas. Observe os Fit nas ruas: muitos estarão com essa parte da lataria danificada. TIRANDO O ATRASO Na cabine, novidades tão boas quanto o redesenhado e mais volumoso para-choque traseiro – mas que, assim como ele, deveriam estar no Fit muito tempo atrás. Multimídia, ar digital e ESP: dívidas antigas do Honda Fit (Christian Castanho/Quatro Rodas) O ar-condicionado digital – cuja falta foi declarada já na edição de maio de 2014, quando nasceu a atual geração do Fit – está na linha 2018, exclusivamente no EXL. A central multimídia com navegador GPS é outra estreia há muito tempo aguardada – e outro item só ofertado na versão topo de linha. Multimídia com GPS é de série na EXL (Christian Castanho/Quatro Rodas) Finalizando a lista “antes tarde do que nunca” de equipamentos, controle de estabilidade e tração. E aqui, uma excelente notícia: tais itens de segurança, mais o assistente de partida em rampa, estão disponíveis desde a versão mais simples (LX) – veja quadro abaixo com conteúdo e preços de toda a linha 2018 do Fit. Ainda no interior, mudanças discretas, como a presença de um indicador de temperatura externa no painel. A versão topo de linha conta com indicador de temperatura externa (Christian Castanho) O grande destaque da cabine ainda é o mesmo: o prático sistema Ultra, de rebatimento do banco traseiro. De maneira intuitiva, fácil e rápida, assento e encosto podem ser movidos em duas direções, facilitando a acomodação de objetos longos (como uma prancha de surfe) ou altos (como um vaso de planta). Modularidade dos bancos traseiros é a maior arma do Fit (Christian Castanho/Quatro Rodas) O sistema de auxílio elétrico da direção agora é mais sofisticado, sem escovas. Apesar de mais caro, oferece algumas vantagens em relação aos motores com escovas, como maior durabilidade e menor ruído de funcionamento. Na prática, apenas os motoristas mais atentos notarão o fim do efeito quadro a quadro quando o volante é movimentado de forma contínua e lenta. Motoristas mais atentos perceberão o fim do efeito quadro a quadro quando o volante é ajustado (Christian Castanho/Quatro Rodas) No mais, o Fit segue o mesmo. Ou seja, continua movido pelo motor 1.5 flex de 116/115 cv e gerenciado pelo câmbio automático de relações continuamente variáveis, CVT, de seis marchas pré-programadas e com trocas por borboletas no volante. O conjunto garante pique satisfatório nas acelerações e retomadas, mas segue um tanto ruidoso e áspero. Câmbio CVT está disponível a partir da versão LX (Christian Castanho/Quatro Rodas) No limite de aderência nas curvas, o controle de estabilidade se mostrou bem calibrado: quando entra em ação, atua o suficiente para manter o carro sob controle, mas sem diminuir demais a velocidade. Porta-malas comporta até 363 litros de bagagem (Christian Castanho/Quatro Rodas) Assim, fica claro que a linha 2018 corrigiu as pequenas (e poucas) falhas do Fit, menos uma: ele continua caro – a versão automática começa em R$ 70.100, sem ar digital nem central multimídia. O conteúdo e o preço de cada versão da linha 2018 1. DX – R$ 58.700 Ar manual, direção elétrica, trio elétrico, lanterna com led, controle de estabilidade, e assistente de partida em rampa 2. LX – R$ 70.100 DX mais câmbio CVT, sistema Ultra do banco traseiro, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 15 e comandos de som no volante 3. EX – R$ 75.600 LX mais câmbio CVT com trocas manuais, airbags laterais, ar digital, DRL inferior, câmera de ré e rodas de liga leve aro 16 4. EXL – R$ 80.900 EX mais airbags de cortina, bancos de couro, multimídia com GPS, faróis de led com DRL e rebatimento elétrico dos retrovisores externos Veredicto Marca forte, bom valor de revenda, versatilidade e, agora, bom nível de equipamentos: o Fit se defende bem, mas seu ponto fraco ainda é o preço elevado. Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,4 s Preço: R$ 80.000
Fonte:
Quatro Rodas
Família Fit
Teste de pista (com gasolina)
Aceleração de 0 a 1.000 m: 32,9 s – 159,5 km/h
Retomada de 40 a 80 km/h: 5,5 s (em D)
Retomada de 60 a 100 km/h: 6,4 s (em D)
Retomada de 80 a 120 km/h: 8,2 s (em D)
Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 16/27,5/64,1 m
Consumo urbano: 12,7 km/l
Consumo rodoviário: 16,3 km/lFicha técnica – Honda Fit 2018
Motor: flex., diant., transv., 4 cil., 1.497 cm3; 16V, 116/115 cv a 6.000 rpm, 15,3/15,2 mkgf a 4.800 rpm
Câmbio: automático, CVT, 7 marchas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
Freios: discos ventilados (diant.) / tambores (tras.)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 185/55 R16
Dimensões: comprimento, 399,8 cm; largura, 169,4 cm; altura, 153,5 cm; entre-eixos, 253 cm; peso, 1.101 kg; tanque, 46 l; porta-malas, 363 l
Teste: Honda Fit 2018, mais maduro, conectado e seguro
Mais Novidades
24 JUN
Mini Cooper ganha série limitada 60 Years por R$ 171.990
O Mini Cooper ganhou uma série especial para marcar seu aniversário global de 60 anos. Para o Brasil, a edição comemorativa chega por R$ 171.990 e limitada a apenas 25 unidades, sempre na configuração de duas portas. Como diferencial, o Cooper 60 Years é sempre pintado na clássica tonalidade de verde batizada de New British Racing Green, e identificado por emblemas nas laterais, soleiras de portas e faixas do capô. O logo também é projetado no solo quando as portas são...
Leia mais
24 JUN
Um em cada cinco motoristas no Brasil admite uso do celular ao dirigir, diz pesquisa
Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde aponta que um em cada cinco brasileiros admite usar o celular enquanto dirige. O levantamento ouviu mais de 52 mil pessoas entre fevereiro e dezembro de 2018. Até 2016, dirigir usando o celular era uma infração média, mas a quantidade de acidentes levou à alteração do Código de Trânsito Brasileiro e agora a infração é gravíssima. O descumprimento da norma representa perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47. De...
Leia mais
24 JUN
Teste do especialista: qual dessas escovas limpa melhor os pneu do carro?
Da esquerda para a direita: Cadillac, Vonder e Autoamerica (Paulo Bau/Quatro Rodas)São os detalhes que fazem a diferença. Esse é o pensamento dos loucos por carro e profissionais de estética automotiva, que só têm a comemorar a existência das escovas para lavar pneus. Confortáveis e práticas, elas não deixam as mãos sujas ou os panos encardidos. Após escolher as mais conhecidas, pedimos a ajuda do especialista Fabiano de Almeida. “Apesar de mais cara, a Cadillac levou a melhor...
Leia mais
24 JUN
Longa Duração: VW Virtus e a incômoda infiltração de água no porta-malas
Guarnição da tampa é a principal suspeita da infiltração (Péricles Malheiros/Quatro Rodas)Com mais de 49.000 km, o Volkswagen Virtus se aproxima do momento da última parada para manutenção programada. Apesar da quilometragem avançada, há pouco do que reclamar.Mas, no último mês, uma mesma (e grave) reclamação foi registrada: entrada de água no porta-malas.Encontrar a origem da infiltração e providenciar a sua eliminação é tarefa para a rede Volkswagen, que, em breve,...
Leia mais
22 JUN
VW Super Fuscão 1600 S: o Fusca que saiu das pistas para a fábrica
O célebre apelido Bizorrão veio da publicidade da VW da época (Marco de Bari/Quatro Rodas)Simples e acessível, o Fusca caiu nas graças dos brasileiros logo após o início da produção nacional, em 1959. Seu sucesso promoveu uma indústria de acessórios dedicada aos proprietários que não se contentavam com o visual espartano e com o desempenho modesto do pequeno motor boxer de 1,2 litro e parcos 36 cv.Em busca de mais fôlego, a VW aumentou a cilindrada para 1,3 litro em 1967 (Tigre)...
Leia mais
22 JUN
Waymo faz parceria com aliança Renault-Nissan por carros autônomos na França e no Japão
A Waymo, empresa que faz parte do grupo Alphabet do Google, anunciou uma parceria com a aliança Renault-Nissan para o desenvolvimento de veículos autônomos na França e no Japão. O acordo prevê trabalho conjunto para oferecer serviços de mobilidade sem motorista não apenas para passageiros, mas também em entregas. Carro 100% autônomo está longe, diz executivo da dona do GoogleWaymo estreia táxi sem motorista nos EUA Uma nota divulgada pela Renault-Nissan diz que as...
Leia mais