Novidades

26 SET
Clássicos: Dodge Coronet, nobreza soberana

Clássicos: Dodge Coronet, nobreza soberana

Em 1966, o Coronet serviu de base a outra lenda da Dodge: o Charger (Xico Buny/Quatro Rodas)

Alguns nomes são tão emblemáticos na história da Chrysler Corporation que denominaram gerações distintas de carros. É o caso do Coronet, feito pela divisão Dodge entre os anos 40 e 70. O nome representava uma pequena coroa usada pela nobreza, mostrando-se apropriado ao longo de suas duas gerações.

Sua primeira aparição ocorreu em 1949, como o mais sofisticado dos Dodges. Era o primeiro modelo desenhado no pós-guerra, com versões de duas e quatro portas nas carrocerias cupê, sedã e perua. Marcou época com o lendário V8 Red Ram no modelo 1953, com 4 litros e câmaras hemisféricas que rendiam 140 cv.

Começava ali a escalada de potência que fez do Coronet uma lenda de alta performance, apesar de ter sido rebaixado ao carro de entrada em 1955. A potência subia para 175 cv, havendo ainda a opção do Super Red Ram com carburador quádruplo e escapamento duplo, com 183 cv.

Versão conversível foi oferecida até 1970 (Xico Buny/Quatro Rodas)

O Coronet 1955 era o primeiro com o estilo Forward Look, do designer Virgil Exner. Inspirado em aviões e foguetes, tornava a carroceria maior e mais larga e baixa. Após adotar barbatanas com lanternas verticais, o estilo entrou na segunda fase em 1957, quando o carro ficou ainda mais baixo e largo, adotando quatro faróis.

Pela primeira vez a suspensão dianteira recebia as barras de torção como elemento elástico, solução que se tornou marca registrada da Chrysler. O V8 chegava a 245 cv, mas um pacote esportivo o levava a 340 cv.

De tão avançado, foi um dos Dodges mais memoráveis até sair de linha, em 1959. O Coronet voltaria apenas em 1965, como intermediário entre os populares Dart e os grandalhões Custom 880 e Polara.

Tipicamente americano, o velocímetro tinha mostrador com escala na horizontal (Xico Buny/Quatro Rodas)

Também trazia várias carrocerias, que iam do conversível aos sedãs e peruas de quatro portas. Oferecia um bom seis cilindros de 3,7 litros, além de vários V8 de bloco pequeno (4,5 e 5,2 litros) e grande ( 5,9 a 6,3 litros).

E ainda havia o lendário V8 7.0 Hemi 426, de 425 cv. Idealizado para as pistas de arrancada, podia superar 500 cv com dois carburadores quádruplos. Todo esse investimento deu resultado: mais de 209.000 carros foram comercializados, fazendo dele o Dodge mais vendido em 1965.

Reestilizado no ano seguinte, o Coronet serviu de base a outra lenda: o Charger, imortalizado pela carroceria de duas portas sem coluna central e traseira fastback, com a linha do teto incorporada ao terceiro volume.

Versão 500 era a topo de linha em 1966: havia cinco configurações com motor V8 (Xico Buny/Quatro Rodas)

Em 1967, o Charger seguia como modelo independente, enquanto o Coronet ganhava a temida versão R/T (Road e Track). O R/T trazia um V8 7.2 de bloco grande e 375 cv, com câmbio automático de três marchas ou manual de quatro.

Tudo era superdimensionado para suportar a maior potência, com suspensão, freios e eixo traseiro do mesmo pacote destinado a viaturas policiais. Entre os opcionais estavam o V8 7.0 Hemi (425 cv) e a carroceria conversível.

Coronet marcou presença em cinco gerações, nas pistas e no cumprimento da lei (Xico Buny/Quatro Rodas)

O sedutor 1968 trazia a contemporânea linha de cintura “garrafa de Coca-Cola” e deu origem a outro modelo independente: o Dodge Super Bee. Com o V8 6.3 de 335 cv, era mais barato que o Coronet R/T mas tinha o interior requintado, fazendo dele uma opção luxuosa do seu primo pobre Plymouth Road Runner.

O V8 de bloco grande saltou para 390 cv em 1969, com os três carburadores de corpo duplo Six Pack, identificados pela presença da enorme tomada de ar sobre o capô. A agressiva linha 1970 marcou o último ano da versão R/T, em cupê e conversível.

Lanterna traseira do Coronet tinha design único (Xico Buny/Quatro Rodas)

A linha 1971 selou o fim das versões esportivas, mas não da alta performance: o V8 6.3 de bloco grande de 300 cv era o favorito das forças policiais mesmo comparado ao enorme Dodge Polara e seu V8 de 7,2 litros. A cilindrada subiu para 6,5 litros em 1972, mas a potência caía para 255 cv devido à menor taxa de compressão.

O cupê voltaria em 1975, mas o Coronet, já na sétima geração, foi descontinuado no ano seguinte para nunca mais voltar. Inexplicavelmente a Dodge criou um novo sedã de quatro portas e alta performance em 2005, mas preferiu batizá-lo de Charger (o primeiro da história nessa configuração), mantendo ao menos o espírito e a tradição de alta performance.

Ficha técnica – Dodge Coronet 1966

Motor: V8 de 5,2 litros
Potência: 230 cv a 4.400 rpm, longitudinal
Câmbio: automático de 3 marchas, tração traseira
Carroceria: conversível de 2 portas
Dimensões: comprimento, 515 cm; largura, 191 cm; altura, 136 cm; entre-eixos, 297 cm; peso, 1.564 kg

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

17 ABR
QUATRO RODAS é eleita melhor site e melhor revista automotiva do Brasil

QUATRO RODAS é eleita melhor site e melhor revista automotiva do Brasil

– (Arte/Quatro Rodas)Foi divulgado nesta sexta-feira (17) o resultado da quinta edição do prêmio +Admirados da Imprensa Automotiva, um dos mais relevantes do país.Mais de 2 mil eleitores, todos profissionais da área de comunicação, votaram durante as últimas semanas para eleger os 25 jornalistas mais admirados e também os principais veículos da imprensa automotiva nacional.Pela primeira vez, porém, também houve votação para premiar os melhores veículos de comunicação.... Leia mais
17 ABR
Sem camuflagem, VW Nivus é tudo que o Polo gostaria de ser

Sem camuflagem, VW Nivus é tudo que o Polo gostaria de ser

– (Renato Aspromonte/Quatro Rodas)Próximo lançamento, o Volkswagen Nivus será um SUV cupê derivado do Polo, que compartilhará inclusive a mesma plataforma com o hatch.O modelo será lançado no início do segundo semestre e a VW já começou a divulgar imagens de seu novo carro, ainda com algumas camuflagens.Mas o perfil do Instagram @overboostbrasil foi mais longe, retirou os disfarces e revelou a identidade do Nivus. Foi ele que nos cedeu gentilmente as projeções que ilustram esta... Leia mais
17 ABR
Vazou o Nissan X-Trail, futuro rival de Jeep Compass e VW Tiguan no Brasil

Vazou o Nissan X-Trail, futuro rival de Jeep Compass e VW Tiguan no Brasil

Nova dianteira adotou filosofia de design da marca (Car Advice/Reprodução)Há duas semanas, a Nissan registrou as patentes do X-Trail no Brasil e aumentou os rumores da volta do SUV ao mercado nacional em 2021.Desta vez, o modelo apareceu em fotos apresentando a nova filosofia de design da marca e casando exatamente com o desenho registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).Interior deverá dar mais espaço aos ocupantes (Car Advice/Reprodução)As imagens publicadas... Leia mais
17 ABR
Rodovia de R$ 63 milhões é capaz de carregar carro elétrico em movimento

Rodovia de R$ 63 milhões é capaz de carregar carro elétrico em movimento

Percurso em que será instalado a nova tecnologia (Reprodução/Internet)A Suécia construiu uma rodovia eletrificada que realiza recarga de veículos elétricos por indução enquanto estão rodando pelo percurso. Projeto faz parte do plano do país de eliminar o consumo de combustíveis fósseis até 2050.O sistema inteligente foi feito em parceria com a empresa israelense ElectReon Wireless e custou 11 milhões de euros (cerca de R$ 63 milhões).Ele está instalado em um trecho de 1,6... Leia mais
17 ABR
Afinal, o VW Nivus é maior ou menor que o T-Cross? Comparamos as dimensões

Afinal, o VW Nivus é maior ou menor que o T-Cross? Comparamos as dimensões

VW Nivus (acima) e T-Cross (abaixo) (Arte/Quatro Rodas)Uma das maiores surpresas entre as informações reveladas pela Volkswagen esta semana a respeito do Nivus, SUV cupê derivado do Polo que chegará às ruas em junho, está em seu tamanho.O que mais deixou jornalistas e entusiastas do universo automobilístico intrigados foi o fato de ele ser “maior” do que o primo T-Cross em algumas dimensões.Mas, afinal, em que o modelo que está para ser lançado ganha e em quais aspectos fica... Leia mais
17 ABR
Nova Fiat Strada 1.3 é mais fraca, mas bem mais econômica que a velha 1.8

Nova Fiat Strada 1.3 é mais fraca, mas bem mais econômica que a velha 1.8

Nova Fiat Strada Volcano deverá custar na faixa dos R$ 85.000 (Fernando Pires/Quatro Rodas)Depois de 22 anos bem sucedidos, a Fiat Strada vai mudar de geração.A nova picapinha chega às concessionárias em julho (se a pandemia de Covid-19 permitir) para substituir quase toda linha atual, com exceção da versão de entrada Hard Working, que terá mais um tempo de vida.Entretanto, a atual versão topo de linha Adventure com seu motor 1.8 E-torq de 132 cv e capacidade para transportar até... Leia mais