Último facelift do Fusion trazia grade estilo colmeia e novos recortes no para-choque. Mas ela mal é vista nas ruas (Divulgação/Ford)
O Ford Fusion não é mais comercializado no mercado brasileiro. Ao entrar no site oficial da marca no país, o sedã grande já não aparece no configurador, que passou a contar com apenas seis modelos: Ka, Ka Sedan, EcoSport, Ranger, Mustang e Edge ST.
Segundo o parceiro Autos Segredos, as importações do Fusion já haviam sido encerradas no fim do ano passado. Restava apenas queimar o estoque de suas três versões restantes: SEL, Titanium e Titanium Hybrid.
A morte do Fusion já era uma “tragédia” anunciada no Brasil e também no mundo, embora o três-volumes ainda seja produzido em Cuautitlán (México). Só que, em breve, ele morrerá de vez para dar espaço na linha ao SUV Bronco Sport.
O fato é que a Ford, conforme já anunciara, vem desistindo de segmentos que não sejam os de SUVs, picapes e utilitários, e resolveu acelerar o processo de descontinuação do Fusion em nosso mercado antes mesmo de sua morte global.
Isso porque, até 2018, o modelo tinha participação relativamente importante na gama, com mais de 4.000 unidades emplacadas anualmente. Em 2019, as vendas despencaram para menos de 1.000 exemplares, chegando a ínfimos 13 entre janeiro e março de 2020.
Isso mostra o quanto a própria empresa acelerou seu processo de aposentadoria.
A primeira geração do Fusion (Divulgação/Ford)
Lançado em 2005 nos EUA, o Fusion chegou ao Brasil no ano seguinte, como substituto do Mondeo. Trazia um motor 2.3 Duratec de 162 cv, câmbio manual de cinco marchas e pinta de carro de luxo, incluindo um visual dianteiro que remetia aos Cadillac.
O pacote de equipamentos era recheado de mimos até então pouco difundidos no mercado nacional:
Seis airbags, sensores traseiros de estacionamento, monitoramento de pressão dos pneus, sistema de som com oito alto-falantes, freios ABS nas quatro rodas, ar-condicionado digital, faróis com acendimento automático e teto solar.
Destaque especial para o destravamento das portas através de sequência numérica digitada em um teclado numérico na maçaneta externa do motorista. O dispositivo lembrava um cofre de banco.
Frente foi levemente alterada em 2009 (Marco de Bari/Quatro Rodas)
Em 2009, veio o facelit, que ampliava a capacidade cúbica do motor para 2,5 litros e a potência, para 173 cv. O câmbio automático ganhava uma sexta marcha e passava a contar com borboletas para trocas manuais atrás do volante.
Além disso, passava a fazer parte da gama o V6 3.0 de 243 cv, que fazia o Fusion acelerar de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. Foi a resposta da Ford ao crescimento do rival Hyundai Azera.
Também estreava o sistema Sync, uma espécie de precursor das centrais multimídias modernas, pois oferecia rádio, CD, DVD, MP3, Bluetooth, entrada USB e comando de voz e memória de armazenamento de 10 Gb.
Segunda geração do Fusion (Marco de Bari/Quatro Rodas)
No fim de 2012, chegou a segunda geração com motores 2.5 flex de 173 cv, 2.0 turbo de 248 cv e a inédita configuração híbrida que unia um 2.0 de ciclo Atkinson de 145 cv a um propulsor elétrico, gerando 190 cv combinados.
Primeiro facelift, de 2016, promovia mudanças discretas em faróis e para-choque frontal (Acervo/Quatro Rodas)
Esta passou por duas pequenas reestilizações em 2016 e 19. Antes da última mudança visual, em 2018, perdeu a versão 2.5 flex. Ainda assim, manteve índices honestos de vendas até ano retrasado. Os índices só foram despencar no ano passado.
Confira abaixo na tabela, que considera a partir da chegada da segunda geração:
*Janeiro a março
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