Aos 40.000km, C4 Cactus roda silencioso mesmo sobre paralelepípedo (Eduardo Campilongo/Quatro Rodas)
Não é segredo pra ninguém: carros franceses têm fama de serem frágeis. Se essa má reputação é apoiada em um passado repleto de histórias que justificam a reputação ruim, também é verdade que o padrão vem mudando.
Nosso Citroën C4 Cactus, ao menos até o momento, é prova dessa virada.
Mesmo perto dos 40.000 km, poucas são as reclamações. E uma analisada no histórico desde a sua estreia no Longa Duração, em abril de 2019, revela um saldo positivo.
Obviamente, há pontos a melhorar, afinal não é todo carro que precisa ter o painel de instrumentos trocado pelo aparecimento de uma pequena bolha ou ter os pontos de fixação da suspensão reapertados para eliminação de barulho.
Mas uma coisa é certa: a vida com o Cactus é muito mais tranquila do que os boatos podem levar a crer.
Eduardo Campilongo, piloto de teste, é um dos que se viram convencidos de que os carros franceses atuais merecem um novo voto de confiança.
“Recentemente, sofri um pequeno acidente quando passeava a cavalo em Silveiras, no interior de São Paulo. Com a perna imobilizada, retornei para a capital com meu pai dirigindo, então tive tranquilidade e tempo de sobra para analisar o Cactus na condição de passageiro”, relata Edu.
“Continuo achando o porta-malas pequeno, mas o espaço na cabine é bom. Os plásticos não são nobres nem há superfícies emborrachadas, mas painel e laterais de portas são bem decorados. O que mais impressiona é a integridade geral. Mesmo próximo dos 40.000 km, quase não se percebem barulhos de acabamento.” segue.
O editor Péricles Malheiros concorda com o piloto de teste, mas também deixou anotada uma crítica no diário de bordo:
“O estado geral é ótimo, mas os pneus estão nitidamente mais ruidosos. Mesmo em asfalto liso, a cabine é invadida pela rolagem áspera”, diz.
Por fim, Edu manda um recado: “Tive uma fratura e uma lesão de ligamento ao cair de um cavalo, mas em breve estarei novamente pisando fundo nos testes, em nosso campo de provas, em Limeira (SP)”.