Chevrolet Cobalt LTZ, de R$ 69.990, era a única versão do sedã disponível (Divulgação/Chevrolet)
A Chevrolet encerrou a produção do Cobalt. O sedã que deixará de ser oferecido tão logo seus estoques cheguem ao fim. E a culpa disso é dos novos carros da marca.
Por quase nove anos o Chevrolet Cobalt representou a marca no então novo segmento dos sedãs compactos premium. Agora que qualquer sedã compacto tem porte semelhante, ele perdeu sua razão de existir.
Versão LTZ tem rodas aro 15 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Entre eles está o novo Chevrolet Onix Plus, o substituto do Prisma. Em nota, a fabricante explica que desde o lançamento do novo sedã compacto vem percebendo a migração dos clientes de um carro para o outro. Em 2019 o Cobalt vendeu menos que o Cruze, 13.113 unidades contra 17.829.
Veja a nota na íntegra:
“A GM informa que a produção do Cobalt foi encerrada e que as vendas do produto seguem até fim dos estoques. Desde o lançamento do Onix Plus, a empresa vem constatando uma migração dos consumidores de sedãs compactos da marca para o novo modelo, que oferece alta performance combinada com eficiência energética, além de novas tecnologias, como internet a bordo, assistente de estacionamento, seis airbags de série, além de amplo espaço interno.”
Quadro de instrumentos e central multimídia do Cobalt ficaram datados após a estreia do Onix Plus (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Por certo, este já era um movimento esperado. No final de junho de 2019 (2 meses antes do lançamento do Onix Plus) o Cobalt perdeu a versão topo de linha Elite, restando apenas a LTZ 1.8 (sem bancos revestidos de material que imita couro, nem volante revestido de couro, frisos cromados e sensores de chuva e crepuscular) para o público e as LTZ e LT com motor 1.4 para frotistas.
Porta-malas de 563 litros era recordista no segmento (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O velho motor 1.8 8V de 111 cv passava, de fato, longe da eficiência do 1.0 12V turbo de 116 cv do Onix Plus, que também entrega mais equipamentos na mesma faixa de preço (R$ 70.000). Ainda assim, o Cobalt tem maior entre-eixos (2,62 m contra 2,60 m) e aquele que era o maior porta-malas da categoria, com 563 litros (contra 462 litros no Onix Plus).
O fim da produção do Cobalt abriu espaço para a produção da nova geração do Chevrolet Tracker na fábrica de São Caetano do Sul (SP). A unidade teve sua capacidade produtiva aumentada de 250.000 para 330.000 carros anuais no último ano para receber o modelo que antes chegava importado do México.
Nova geração do Tracker já está em produção e começa a ser vendido no final de março (Rodrigo Ronconi/Quatro Rodas)
O novo Tracker começa a ser vendido na segunda quinzena de março. Ele terá uma ampla gama de versões, desde a versão 1.0 turbo (116 cv) manual) até a Premier com motor 1.2 turbo de 133 cv e preço de R$ 113.600.