Câmbio automático de seis marchas do VW Virtus (Christian Castanho/Quatro Rodas)
A indústria automotiva brasileira amargou um prejuízo de R$ 100 bilhões na última década.
Ainda assim, se viu pressionada por novas legislações, programas de melhoria de eficiência energética e demandas dos consumidores a aprimorar a tecnologia dos carros vendidos no país.
Um estudo divulgado na semana passada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontou como os veículos nacionais evoluíram sob o ponto de vista de tecnologia e emissões.
De 2010 a 19, as características dos veículos leves comercializados no país mudaram substancialmente. Um dos maiores exemplos é a presença crescente de itens como câmbio automático, central multimídia e ar-condicionado.
A evolução de alguns itens de segurança e comodidade nos carros brasileiros de 2010 a 19 (Anfavea/Reprodução)
Segundo o levantamento, se há dez anos apenas 12% dos carros zero-quilômetro vendidos no país dispensavam o pedal da embreagem, em 2019 o percentual chegou a 49%.
O controle eletrônico de estabilidade, que passou a ser obrigatório em novos projetos este ano e totalmente mandatório no mercado em 2022, saltou de 7% para 44% de presença nas vendas de veículos novos.
A central multimídia, de 3% para 40%; a câmera de ré, de 2% para 36%; o controle de velocidade de cruzeiro, de 10% para 45%; o ar-condicionado, de 31% para 97%.
Também há uma diferença importante na preferência dos brasileiros pelas cores. Se em 2010 36% dos carros 0km comercializados tinham cor prata, seguidos por 26% da cor preta, em 19 o branco dominou o mercado com 43%.
A evolução da preferência de cores do consumidor brasileiro (Anfavea/Reprodução)