O Speedtail é o mais novo carro da linha Ultimate Series da marca (Divulgação/McLaren)
A McLaren apresentou o mais novo modelo da linha Ultimate Series atende pelo nome de Speedtail, termo que poderia ser traduzido como velocidade de cauda, expressão comumente usada pelos pilotos de avião.
Para entender o porquê desse nome basta olhar a silhueta do carro que lembra protótipos usados nas provas de quebra de recorde de velocidade.
Silhueta aerodinâmica remete aos carros feitos para baterem recordes de velocidade (Divulgação/McLaren)
A traseira parece mesmo com uma cauda. A velocidade, por usa vez, é um conceito que vem naturalmente: um carro com esse perfil só pode andar muito.
Essa conclusão imediata, porém, não diminui a surpresa quando se sabe qual é a velocidade máxima desse Mclaren.
O Speedtail é capaz de atingir 403 km/h de velocidade, segundo a fábrica. Ele é o Mclaren de rua mais veloz da história.
Hiperesportivo tem dois motores: um V8 biturbo a gasolina e outro elétrico (Divulgação/McLaren)
A fábrica divulga poucos números do Speedtail. Não há números oficiais para a aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo.
Mas se você quiser saber quanto tempo o carro precisa para acelerar de 0 a 300 Km/h, aí sim: 12,8 segundos.
Não dá nem para imaginar qual é a sensação de acelerar um carro assim, da inércia até os 300 km/h.
Painel inteiramente digital reúne todas as informações e todos os comandos do carro (Divulgação/McLaren)
E, segundo a McLaren, bem poucos poderão ter essa experiência, uma vez que serão produzidas apenas 106 unidades do modelo – todas já com reserva, diga-se de passagem.
O preço? 1,75 milhão de libras, sem taxas. Algo ao redor de 9,24 milhões de reais.
Posição de dirigir central remete ao lendário McLaren F1 (Divulgação/McLaren)
O Speedtail é híbrido. Ele tem um motor V8 biturbo de 746 cv e um elétrico de 308 cv. A potência máxima combinada declarada pela McLaren é de 1.050 cv.
Mas o desempenho hiperesportivo do Speedtail não se deve apenas aos motores.
Para obter essa performance o carro tem uma construção leve, que emprega fibra de carbono no chassi e na carroceria, alumínio nas suspensões e cerâmica nos freios.
Passageiros viajam em bancos traseiros deslocados para as laterias da cabine (Divulgação/McLaren)
Segundo a fábrica, o Speedtail pesa apenas 1.430 kg, o que resulta em uma relação peso/potência de 1,38 kg/cv.
A aerodinâmica que já é das melhores graças ao perfil da carroceria e ao tratamento em túnel de vento que trabalhou até a parte inferior do carro, ainda conta com elementos ativos, como os aerofólios traseiros.
E para atingir a velocidade máxima, o motorista precisa selecionar um modo de condução específico que ajusta não só motor e transmissão mas também outros sistemas do carro.
A suspensão ativa fica mais firme e fechada, rebaixando a altura do carro em 35 milímetros. E até as câmeras que substituem os espelhos retrovisores, para diminuir a área do carro, são totalmente recolhidas.
A posição de dirigir é um caso à parte. Remete ao lendário McLaren F1, de 1993, com três lugares. O motorista viaja bem no centro da cabine, equidistante das quatro rodas do veículo, enquanto os passageiros ficam deslocados cada um para um dos vértices de um triângulo imaginário.
O painel é formado por três telas que reúnem todas as informações do veículo e também são a interface de todos os sistemas de bordo, acessíveis por meio de dois botões.
Lanternas com leds se integram perfeitamente ao design aerodinâmico (Divulgação/McLaren)
Acima do painel há ainda duas telas adicionais que exibem as imagens das câmeras que substituem os retrovisores.
Outro diferencial do Speedtail é o fato de que seus compradores terão total liberdade para escolher cores de carroceria e revestimento interno, materiais e equipamentos, de modo que não existam dois exemplares iguais entre os 106 produzidos.
O Speedtail faz parte do plano de produto da Mclaren, que prevê o investimento de 2,1 bilhões de dólares até 2024, na fábrica de empresa, em Woking, na Inglaterra e em 18 modelos (inteiramente novos ou versões).