O fundador da Tesla, Elon Musk, compareceu a um tribunal de Manhattan nesta quinta-feira (4) após ser acusado de quebrar um acordo com a Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
A Justiça deu prazo de 2 semanas para que Musk e SEC entrem em um novo acordo sobre os tuítes polêmicos feitos pelo empresário. Ele costuma usar as redes sociais para fazer comentários sobre o desempenho da empresa, o que pode afetar seu valor na Bolsa de maneira indevida.
Tesla e o órgão regulador concordaram no ano passado, que Musk só poderia usar o Twitter para postar informações da empresa com um monitoramento prévio de seu conteúdo pela companhia. Mas uma nova postagem do empresário teria rompido as regras definidas.
Punição anterior
Em 2018, Musk e a montadora pagaram cada um multas de US$ 20 milhões. Além disso, o fundador da empresa foi afastado da presidência do conselho por 3 anos, e a Tesla concordou em criar um comitê para estabelecer controles sobre as comunicações de Musk.
Apesar da nova acusação, o SEC não está mais recomendando a retirada de Musk do comando da Tesla, como ocorreu em embates passados. Dessa vez, o órgão pede maior supervisão sobre as comunicações de Musk, além de novas multas, informou a agência Reuters.
Tuítes de Musk
Em fevereiro, Musk postou que a Tesla produziria cerca de 500 mil veículos neste ano. Horas depois, fez novo post, afirmando que quis dizer que a média de produção semanal, que chegaria a 10 mil carros por semana, equivaleria a 500 mil carros em 1 ano, mas que o total de entregas em 2019 ainda ficaria em 400 mil unidades.
Para o SEC, as postagens quebram o acordo feito entre as parte no ano anterior. A primeira acusação do órgão regulador veio em setembro, após Musk dizer no Twitter que poderia tirar a Tesla da Bolsa, o que fez o valor da empresa aumentar na época.