Muito antes de se pensarem em SUV turbo, a Ford fez o EcoSport 1.0 com compressor (Marco de Bari/Quatro Rodas)
O compressor (supercharger) aumenta o consumo de combustível? Ainda há alguma vantagem técnica no seu uso? – Gabriel Veloso, São Luís (MA)
Na verdade, por permitir que o motor gere mais potência e torque a rotações menores, o compressor reduz o consumo, além de ter uma vantagem técnica – sobretudo com a tecnologia de 48V.
Acionado por correia, os compressores convencionais são eficientes mesmo em baixas rotações (Divulgação/Ford)
Primeiro, vale lembrar como funciona o compressor, que nada mais é do que um rotor (ou rotores) geralmente movimentado por uma correia e capaz de enviar mais ar aos cilindros, como no turbo.
O compressor elétrico promete revolucionar os motores a combustão (Divulgação/Audi)
A diferença é que, por não precisar de um volume mínimo de gases para funcionar, o compressor entrega uma melhoria de potência a qualquer rotação, sem o atraso inerente do turbocompressor.
Um dos problemas do sistema, porém, era que suas perdas mecânicas e maior ruído o fizeram ser preterido por turbos menores, eficientes mesmo a baixas rotações.
O que permitiu um retorno do compressor foi a adoção dos sistemas de alta tensão (48V), capazes de alimentar compressores elétricos, que não usam a força do motor e são mais leves e eficientes.
Esse sistema, geralmente usado em associação com o turbo, já é adotado em modelos como o Audi SQ7.