Veículo voador da Uber será feito por fabricante de helicópteros (Bell/Divulgação)
Se até bem pouco tempo atrás, ainda havia a discussão sobre qual modo de interação homem-máquina (por toque, gesto ou voz) seria o mais indicado, acabou a dúvida: será na base da conversa, literalmente, que as máquinas nos obedecerão. Mas ainda é cedo para saber quais das gigantes do setor de tecnologia se popularizarão e quais ficarão pelo caminho.
E o futuro do automóvel? Será compartilhado, elétrico, autônomo, um misto de tudo isso, ou tão diferente do que se espera que olharemos para ele de um jeito inédito: de baixo.
As perguntas são tantas que até dá para entender por que a CES é realizada em Las Vegas, a terra dos cassinos: cada um faz a sua aposta na tentativa de adivinhar o futuro.
Drone gigante mistura equipamentos de helicóptero com conforto de automóvel (Bell/Divulgação)
A Uber, em parceria com a Bell, uma das mais tradicionais e conceituadas empresas de helicópteros do mundo, uniram seus esforços no Nexus. É o tal carro voador – na verdade um superdrone – que o CEO da empresa de transporte compartilhado, Dara Kohsrowshahi, andou prometendo no ano passado.
As vendas, segundo a Bell, começam já em 2020. Como Uber, no entanto, a novidade deve demorar bem mais: só para 2028.
A gigante do comércio virtual, Amazon, anunciou na CES o Key for Garage (Chave da Garagem, em tradução direta). Você adquire um aparelho da própria Amazon que permite ao entregador da empresa o acesso à garagem da sua casa.
A Amazon oferece sistema que permite a abertura da residência do comprador de forma remota (Amazon/Divulgação)
A Amazon oferece também o Key for Car, que funciona mais ou menos da mesma maneira, mas sem a necessidade de um aparelho extra da marca. Basta que o veículo tenha os serviços de abertura das portas via aplicativo, como o OnStar, das marcas do grupo GM, e que esteja estacionado num local em que o entregador tenha acesso.
Quem tem um celular com assistente pessoal – ou seja, quase todo mundo – pode tudo quando o assunto é automação e ativação por voz.
Uma das guerras mais vorazes da CES 2019 foi justamente a dos assistentes: Bixby (Samsung), Alexa (Amazon), Cortana (Windows) e Google Assistant – a Apple, com Siri, também está na briga, mas a marca não participa da CES – ainda estão se entendendo com o público para ver qual vai, de fato, se popularizar.
Estes assistentes atingem diretamente os motoristas, afinal, dirigir é uma das tarefas diárias que mais exigem concentração.
Com a popularização da internet das coisas (IOT, de Internet of Things), o motorista pode, por exemplo, preparar o ambiente doméstico ainda em meio ao trânsito, voltando para casa: com um único comando de voz, iluminação, climatização, mídia e até o banho podem estar do jeitinho que ele gosta. E se estiver faltando algo em casa, a geladeira pode avisar você. Se acatar a sugestão, o GPS indicará o mercado mais próximo.