Novidade já está à venda no Brasil por R$ 198.500 (Divulgação/Honda)
O Honda Accord está à venda no Brasil e terá uma difícil missão: atrair a clientela de Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C – todos abaixo dos R$ 198.500 cobrados pelo novato.
QUATRO RODAS comparou há pouco tempo os dois principais concorrentes, Passat e Camry, que também têm esse mesmo objetivo. E o Volkswagen teve o melhor custo/benefício.
Modelo ficou mais baixo, menor e mais larga que antes (Divulgação/Honda)
Retornando ao lançamento, essa geração do sedã ganhou 5,5 cm no entre-eixos (com 2,83 m), apesar de 1,4 cm mais curto que antes. Além disso, o porta-malas aumentou 68 litros.
Faróis são totalmente de leds (Divulgação/Honda)
Isso significa que há bom espaço para todos a bordo. Com banco dianteiro ajustado para mim, de 1,78 m, pude sentar na segunda fileira e manter os joelhos a dois palmos do encosto.
Lanternas mantém formato bumerangue do Civic (Divulgação/Honda)
O motor também mudou: em vez do antigo V6 3.5, a Honda preferiu o 2.0 turbo com 256 cv de potência e 37,7 mkgf de torque. Ou seja, 24 cv a menos e 3,1 mkgf a mais que o antecessor.
Motor 2.0 turbo utiliza o mesmo bloco do Civic Type-R (Divulgação/Honda)
O câmbio automático com dez marchas – quatro mais que na última geração – tem trocas por borboletas atrás do volante e comandos por botões no console (ao estilo Uno Dualogic).
Cabine tem superfícies emborrachadas (Divulgação/Honda)
Só não pense que falta fôlego ao novo Accord. Pelo contrário: pela categoria à qual pertence e à origem norte-americana, o ajuste mais esportivo do modelo surpreende positivamente.
Câmbio automático tem acionamento por botões (Divulgação/Honda)
Para fazer uma analogia mais próxima à realidade brasileira, comparar o Accord ao Camry seria como colocar Civic e Corolla lado a lado – se você gosta de dirigir, escolherá o primeiro.
Quandro de instrumentos é parcialmente digital: lado esquerdo é configurável (Divulgação/Honda)
No primeiro contato com a novidade, viajamos de Itu (SP) à capital paulista, um percurso cheio de retas. Infelizmente, isso limitou as provocações à direção e à suspensão mais firmes.
Há opção de troca de marchas por borboletas atrás do volante (Divulgação/Honda)
Mas os trechos com curvas foram bem aproveitados: há três modos de condução (Eco, Normal e Sport) que alteram peso do volante, vetorização de torque e gerenciamento do motor.
Banco do motorista tem duas memórias de posição (Divulgação/Honda)
Na configuração mais agressiva, o Accord incorpora a agilidade de sedã médio. Já a opção mais mansa apela para o conforto. São 1.700 rpm a 120 km/h e há até anulação ativa de ruídos.
Bancos dianteiros têm três níveis de ventilação (Divulgação/Honda)
A lista de equipamentos recheada, com ajustes elétricos e ventilação nos bancos dianteiros, além de teto solar. Entretanto, falta o ar-condicionado de três zonas (são apenas duas).
Central multimídia tem tela sensível ao toque de oito polegadas (Divulgação/Honda)
Quem viaja à frente também tem à disposição uma nova central multimídia com tela sensível ao toque de oito polegadas compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto.
Sedã tem oito airbags, incluindo dois para os joelhos (Divulgação/Honda)
Outra novidade desta geração é o pacote Honda Sensing, que inclui controle de velocidades adaptativo, assistente de permanência em faixa e sistema de frenagem de emergência.
Accord tem Head Up Display e sistemas de condução semiautônoma (Divulgação/Honda)
É uma boa mudança, considerando que esse será o primeiro modelo da marca com as funções semiautônomas à venda no Brasil. Só que boa parte da concorrência já saiu à frente.
Não há comandos sensíveis ao toque como no Civic Touring (Divulgação/Honda)
Se o Accord ainda continua inacessível – exceto para os dez compradores previstos a cada mês –, a boa notícia é que essas tecnologias deverão chegar a outros carros futuramente.
Há duas chaves que salvam as preferências de cada condutor (Divulgação/Honda)
Segundo o fabricante, o principal apelo da novidade será oferecer requinte e itens de série sem as caras revisões e limitada rede de concessionárias das marcas premium no país.
Teto solar é equipamento de série na versão trazida ao Brasil (Divulgação/Honda)
Considerando as melhorias, e até mesmo o rival Toyota Camry, o sedã da Honda deu um belo salto em evolução. O problema é que ele está ainda mais caro que boa parte dos rivais.
Surpreendentemente bom de dirigir – considerando o público-alvo conservador – e com novos sistemas de segurança, o Accord deu um belo salto evolutivo em relação ao antecessor.
Só que ele está mais caro (o antecessor custava R$ 162.500), até mesmo em relação aos sedãs premium. Nesse caso, nem mesmo revisões mais baratas servem de argumento a favor.