A nossa frota de Longa Duração pegou a estrada para um teste de consumo x velocidade (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Chegou o fim de semana, hora de pegar a estrada. Para economizar, você faz o básico: pneus calibrados, vidros fechados (com ar-condicionado ligado) e tanque cheio (para evitar paradas desnecessárias).
Em vez de adotarmos os números de consumo obtidos em ambiente de pista, desta vez optamos por vias públicas e, na estrada, calculamos o apetite dos cinco carros de nossa atual frota de Longa Duração.
Argo 1.3, Compass 2.0 turbodiesel, Creta 2.0, Kwid 1.0 e o híbrido Prius em três velocidades de cruzeiro diferentes: 80, 100 e 120 km/h, sempre com ar-condicionado ligado.
A partir dos números obtidos, simulamos uma viagem de 500 km e calculamos os gastos com combustível.
A duração da rota simulada em cada velocidade do teste, claro, foi a mesma para todos os carros: 6h15min a 80 km/h, 5h a 100 km/h e 4h10min a 120 km/h.
Para tanto, tomamos por base o preço médio do litro da gasolina e do diesel S-10 (no caso do Jeep Compass) em São Paulo, segundo a ANP, a Agência Nacional do Petróleo, em meados de março: R$ 3,976 (gasolina) e R$ 3,488 (diesel).
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O Argo confirmou os elogios dos usuários a respeito do baixo consumo.
Seus registros se aproximam dos do híbrido Prius, superando até os do Kwid, com seu motor 1.0 três cilindros, mesmo rodando só a 80 km/h: 23,5 km/l ante 20,6 km/l.
Esses números de consumo são muito próximos aos do Compass, mas o SUV da Jeep gera menos custo, afinal o litro do diesel é mais barato que o da gasolina.
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
No teste prévio para aferição do consumo com ar-condicionado ligado, o câmbio do Compass foi até a sétima marcha na prova de 80 km/h, oitava na de 100 km/h e nona na de 120 km/h.
Aliás, boa parte do mérito do consumo contido do SUV deve ser atribuída justamente à caixa de nove marchas.
Pena que seu funcionamento seja acompanhado de trancos, quando em baixa velocidade
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
A calibração do acelerador, sensível demais, exige atenção redobrada do piloto quando a intenção é rodar economicamente.
Qualquer pisada um pouco mais forte é interpretada pelo câmbio como necessidade de aplicação de força extra e a redução de uma marcha é ordenada.
Economia de combustível não é o forte do Creta, dono dos piores números de consumo deste teste
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Tudo bem que o ambiente do subcompacto é a cidade, mas o Kwid chega a ser decepcionante na estrada.
Além de se mostrar mais gastão do que o Argo nos três testes realizados, o Renault praticamente empatou com o Creta no consumo a 120 km/h: respectivamente 12,3 km/l e 12,2 km/l.
Detalhe: o SUV da Hyundai é maior, mais pesado e é equipado com câmbio automático.
– (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Híbridos mostram seu maior poder de economia na cidade, onde o anda e para a baixas velocidade é feito, sempre que possível, utilizando o motor elétrico.
Mas até que o Prius surpreendeu positivamente em nosso teste, sendo o dono do menor custo de rodagem (R$ 113,59) na viagem a 120 km/h.
Sem conta-giros, não foi possível aferir a rotação do motor a gasolina do Prius.