As vendas de veículos na China caíram 7,1% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado. A queda do mês é a maior em dois anos e meio, e foi a quarta seguida. É a mais longa sequência de retração na China, pelo menos desde a crise financeira global de 2008.
As vendas de veículos de janeiro a julho cresceram apenas 0,4%, o crescimento mais lento para o período desde 2009. Marcas globais, como Ford e Nissan, estão se preparando para um período sustentado de queda na demanda por veículos e queda nos preços. Isto irá afetar negativamente os lucros, criar um estoque elevado para revendedores e estimular a já acirrada competição no país.
No mês passado, a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), reduziu a expectativa de crescimento do mercado local de 7%, no início do ano, para 3%.
Administradores e executivos das maiores montadoras globais baseados na China dizem que isso deixa agora as companhias pressionando os funcionários para cumprirem metas apesar da perspectiva sombria. O pessimismo sobre a economia chinesa foi destacado nesta terça-feira (11), quando o país desvalorizou sua moeda, o iuan, após uma série de fracos resultados econômicos.
Na Volkswagen, marca líder de vendas na China, um administrador de uma subsidiária de vendas disse que a montadora está pressionando os funcionários a continuarem a perseguir metas de vendas para proteger sua participação no mercado, forçando aumento nos estoques de revendedores que terão uma parte de seu lucro comprometida.
Uma porta-voz da montadora alemã afirmou que concessionários financeiramente saudáveis são parte da estratégia da companhia uma vez que "apenas concessionários satisfeitos garantem consumidores satisfeitos".