Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, 14 de maio, os trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado até que a montadora apresente proposta de acordo coletivo que contemple as principais reivindicações da categoria, informa o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em comunicado.
Em campanha salarial, as negociações entre o sindicato e a Mercedes tiveram início em abril, diz o documento.
O secretário-geral do sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Aroaldo Oliveira, explica que há um impasse em relação ao valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e à reposição salarial. O dirigente diz ainda que a empresa pretende demitir trabalhadores mensalistas do setor administrativo.
Segundo o sindicato, a Mercedes-Benz quer excluir itens considerados importantes, como a estabilidade ao trabalhador acidentado e a complementação salarial por até 120 dias de afastamento.
O sindicato quer a manutenção desses pontos e a inclusão de uma cláusula de salvaguarda contra a reforma trabalhista, garantindo que qualquer alteração prevista na nova legislação só possa ser implantada após negociação com a entidade.
Na semana passada, os trabalhadores iniciaram uma série de mobilizações internas com paradas e passeatas pela fábrica para pressionar a negociação.
Em assembleias internas, já sinalizavam a disposição de iniciar greve caso a empresa não avançasse na proposta. O movimento paralisou toda a fábrica nesta segunda, de acordo com o sindicato.
Nesta terça-feira, dia 15, haverá nova assembleia às 7h30, em frente à portaria principal da empresa, informa a entidade de classe.