O novo presidente-executivo da BMW, Harald Krueger, planeja reformular a estratégia da montadora para adaptá-la ao futuro digital da experiência de dirigir, disse nesta terça-feira (4).
A BMW se aliou às rivais Audi e Mercedes-Benz para comprar o negócio de mapeamento de alta definição da Nokia por 2,5 bilhões de euros nesta semana, a fim de proteger seu acesso a tecnologias cruciais para carros conectados e carros autônomos.
Krueger, que assumiu o cargo em maio, disse que a estratégia adotada pela companhia em 2007 e que havia sido desenvolvida para guiar a empresa até 2020 precisa ser atualizada. Ele deu as declarações em teleconferência com analistas para discutir os resultados do segundo trimestre da companhia.
"Muitas tendências se intensificaram ou aceleraram de forma dramática. Acima de tudo, a digitalização e a possibilidade de técnicas associadas vão mudar o automóvel e seu papel fundamental em nossa sociedade", afirmou.
"Com base nisso, estamos agora realizando uma atualização abrangente de nossa estratégia. Nesta estapa ainda é muito cedo para entrar em mais detalhes."
Fator China
A maior montadora de carros de luxo do mundo alertou que sua perspectiva para 2015 pode correr riscos com qualquer deterioração maior da China, onde suas vendas começaram a cair pela primeira vez em uma década.
A empresa alemã, que já tinha dito em maio que o crescimento na China seria menos dinâmico, afirmou que ainda espera recordes de vendas mundiais e lucro antes de impostos no ano, mas com a ressalva de que desafios na China podem afetar suas metas.
A montadora teve queda de 3% no lucro operacional no segundo trimestre, vendendo uma proporção maior de carros com margens menores e investindo em novos modelos.
As vendas na China, maior mercado automotivo do mundo, caíram em maio e junho, após uma década de alta. A BMW disse que está enfrentando concorrência dura naquele e em outros mercados.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou 2,52 bilhões de euros, em linha com a projeção média em pesquisa da Reuters.
Apesar das vendas globais de carros BMW, Mini e Rolls-Royce terem crescido 7,5% no trimestre, os lucros foram prejudicados pelo desempenho mais fraco na China.