Brasileiro adora cuidar de carro. Para muita gente,
lavar o possante é programa de fim de semana. Os mais aficionados não se
contentam só em polir a pintura e deixar os pneus tinindo de tão pretinhos.
Muitos estendem a lavagem caprichada ao motor do veículo, e é aí que podem
começar os problemas. Afinal, motor de automóvel pode ser lavado? Há muitas
controvérsias.
Antigamente era natural jogar água sobre o motor e
até usar querosene para diluir o excesso de óleo e graxa entranhado nas partes
mecânicas. Mas isso era no tempo do carburador, quando os carros tinham poucas
partes eletrônicas. Atualmente, com o uso cada vez maior de sistemas
automatizados, lavar o motor torna-se arriscado e até pouco recomendado. Caso
algum sistema eletrônico seja danificado na lavagem, o proprietário pode até
perder a garantia de fábrica.
Os especialistas dizem que entre lavar ou não, o
mais recomendado é evitar, ou lavar só quando for mesmo necessário. E, quando a
fizer, o mais indicado é a lavagem a seco, que utiliza limpadores líquidos em
spray desenvolvidos para uso automotivo e que não agridem componentes de
borracha, a fiação elétrica e nem outras mangueiras e reservatórios. O preço
desse serviço fica entre R$ 30 e R$ 50. Mas, se ainda assim preferir o
jato d’água, é importante proteger com sacos plásticos partes como caixa de
fusível, módulo do ABS, módulo de injeção eletrônica (UCE – Unidade de comando eletrônico),
bobina, cabos, velas e outras partes eletrônicas. Vale ressaltar que a lavagem
deve ser feita com o motor frio, o carro deve estar pelo menos 3 horas desligado
e quando for ligar, certificar que as partes lavadas estejam totalmente secas.